BIOGRAFIA
Nasci na cidade de Anápolis, município do Estado de Goiás, em 15 de Agosto de 1955. Meus pais, Camilo Rodovalho Neto e Albertina Lemos Rodovalho criaram os cinco filhos com muito carinho e dedicação. Vivíamos a vida do interior. Meu pai era fazendeiro, cresci na lida da roça e tive uma infância saudável. Também passei lá boa parte de minha adolescência até que, após algumas experiências determinantes, decidi servir ao Deus dos Exércitos. Ainda muito jovem, nos mudamos para Goiânia. Resolvi estudar Física e me formei bem cedo. Passei a lecionar. Conheci minha esposa Maria Lúcia, companheira e guerreira, mulher de fibra, que sempre esteve ao meu lado em todos os momentos pelos quais passei! Nessa mesma época minha vocação pastoral já havia se tornado uma realidade.
Em 1976 fundamos a Comunidade Evangélica de Goiânia-GO, o embrião do que no futuro, quando viéssemos para Brasília, se tornaria o Ministério Sara Nossa Terra. Nesse meio tempo vieram os nossos maiores tesouros; Priscila, Samuel e Ana Lia. Continuei estudando e lecionando, mas em pouco tempo o Ministério cresceu e meu tempo para as aulas na faculdade se tornava cada vez mais escasso. Tive então que tomar uma decisão e a paixão pelo evangelho de Jesus e o chamado de Deus foram mais forte. Optei por não fazer uma pós-graduação em Física na Alemanha porque acreditava na força transformadora da fé e no meu chamado ministerial.
Sempre doeu forte no coração ver meus irmãos e iguais passarem fome. Eu sei o que é isso, conheci os dois lados da moeda. A fome dói, humilha, diminui a pessoa. Pior do que passar fome é a vergonha de pedir um prato de comida, isso humilha, arrasa. Sei o que é dormir vários dias com fome, é revoltante. E por isso eu tenho um profundo compromisso de ajudar os carentes, ajudar os que padecem porque eu sei o que é ter fome, eu sei o que é sofrer. Essa situação destrói a autoestima e a confiança de quem passa por ela. A fome rouba os sonhos e o amanhã. Olhe nos olhos de uma criança que não se alimenta… O brilho e a vida lhe foram subtraídos, bem como sua inocência. Eu tinha que fazer algo. Era preciso. Meu coração de homem sangrava. Como Ministro do Evangelho não poderia me furtar a minha parcela de responsabilidade. Alguns anos depois mudaríamos para Brasília acreditando que na capital do Brasil teríamos condições de formar uma geração que abraçasse essa causa, uma geração que acreditasse que juntos, poderíamos escrever uma nova história para nossa nação. A Igreja é a instituição que mais trabalha pelos desfavorecidos e a ação social faz parte do DNA do seguidor de Jesus.
Com dedicação, oração e muito trabalho nos levantamos em favor do Brasil, sarar nossa terra, sarar esse país que sangra, passou a ser o meu projeto de vida. Queria estar perto dos que realmente se importavam com a dor dos outros, dos que se envolvem e caminham pelo próximo, a Igreja do Senhor Jesus!